quinta-feira, 22 de março de 2012

Importância da nutrição para a gestante e para o bebê

Algumas fases da vida necessitam de orientações nutricionais específicas, como na gestação.
Benefícios para a mãe:
Uma alimentação balanceada permitirá que a gestante se mantenha saudável, sem carências nutricionais, com o sistema imune preservado e com o trato gastrintestinal funcionando normalmente. Além disso, pode auxiliar a aparência externa da mãe, como por exemplo, prevenindo o aparecimento de estrias na pele durante a gestação e a queda de cabelos no pós-parto.
Durante a gestação é importante também acompanhar o ganho de peso para prevenir problemas durante a gravidez, como obesidade, diabetes gestacional ou pré-eclampsia. Um ganho de peso adequado também permitirá que a gestante tenha um parto sem complicações e, em seguida, retorne ao peso que tinha antes de engravidar com mais facilidade. No pós-parto, amamentar o bebê com leite materno também ajuda a emagrecer, além de aumentar o vínculo da mãe com a criança.
Benefícios para o bebê:
Se a gestante estiver bem nutrida, o bebê também estará, pois ele receberá os nutrientes que a mãe ingerir. Caso a grávida tenha deficiência de algum nutriente, o bebê correrá o risco de ter também. Além disso, o estado nutricional materno pode interferir no crescimento e desenvolvimento do feto. Assim, ter uma alimentação saudável e variada durante a gravidez é fundamental para que o bebê nasça com peso e tamanho adequados e para diminuir o risco de má-formação fetal e deficiências nutricionais, como anemia, por exemplo.
O leite materno é o alimento mais completo para o bebê. Além de fornecer nutrientes,  possui anticorpos que protegem o bebê contra doenças. Não existe leite materno fraco, ele vem na medida certa para atender as necessidades da criança até os 6 meses de idade, sem precisar oferecer água, chás ou outros alimentos. A partir dos 6 meses, a mãe deve continuar amamentando seu filho ao seio, no entanto precisará complementar a alimentação da criança com outros alimentos para que ela continue crescendo com saúde.
Para maiores informações, marque uma consulta.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Atendimento Nutricional para Gestantes

Olá!

Atualmente estou atendendo no Terraço Shopping (61)98114-9601.
Também faço atendimentos on line.
Terei o maior prazer em fazer o acompanhamento nutricional durante sua gestação!



Abraços,
Fabíola Amaral
www.nutrigestante.com

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Glicemia da gestante e a saúde do bebê

A avaliação médica e nutricional das gestantes é alvo de inúmeros estudos em todo o mundo. Um dos temas bastante discutido atualmente é a hiperglicemia materna. O estudo sobre o tema concluído nos Estados Unidos, o HAPO (The Hyperglycemia and Adverse Pregnancy Outcome) acompanhou mais de 25 mil gestantes e seus bebês.
Um dos principais achados foi que pequenas variações no açúcar do sangue das mães influenciam tanto na produção de insulina como na adiposidade do corpo do bebê. Outras evidências foram a relação do tamanho do bebê ao nascer com a adiposidade na vida futura da criança, com o aparecimento de obesidade e de alterações em seus pâncreas, podendo conferir maior risco para desenvolvimento de diabetes.
Para a médica endocrinologista Ellen Simone Paiva, estes achados têm grande peso na avaliação médica e nutricional das gestantes, principalmente pelo fato do estudo ter sido realizado com gestantes sem sinais de diabetes gestacional. Segundo o estudo, estas gestantes não diabéticas, mas com maiores elevações glicêmicas, deram à luz a bebês com mais gordura corporal e maior produção de insulina. O alerta se dá pelo fato destas alterações glicêmicas serem muito menores do que aquelas anteriormente estipuladas como perigosas e também podem atravessar a barreira placentária e alcançar o feto, estimulando a excessiva produção de insulina.
A insulina, segundo a endocrinologista, acelera os mecanismos de estocagem de energia sob a forma de gordura, propiciando o nascimento de bebês com muito mais gordura corporal e com um mecanismo acionado para que possam continuar lidando dessa mesma forma com os nutrientes que chegam até eles.
Diabetes gestacional
O Diabetes Mellitus é caracterizado pelo aumento dos níveis de açúcar no sangue, ou hiperglicemia. Isso pode ocorrer por diferentes motivos, culminando nos vários tipos da doença. O diabetes gestacional é um deles, e aparece durante a gestação. Na maioria dos casos, desaparece após o parto. Em alguns casos, no entanto, as mulheres acabam desenvolvendo diabetes tipo 2 alguns anos após o parto, principalmente se estiverem acima do peso.
Além dos sintomas comuns aos demais tipos de diabetes, pode haver excessivo ganho de peso, infecções urinárias, vômitos e visão turva. Mas como também é possível que aconteçam apenas sintomas leves, é imprescindível o acompanhamento pré-natal adequado e realização de exames específicos ao menor sinal de problemas.
Se não diagnosticada e tratada desde o início, há riscos imensos para a gestante e para o bebê. Na gestante, dificuldade de cicatrização, queda da resistência imunológica, infecções urinárias, de pele ou vaginais, hipertensão arterial e suas conseqüências, que podem acabar num aborto ou parto prematuro. Para o feto, há risco de hipoglicemia, icterícia prolongada, problemas respiratórios e até malformações cardíacas.
Estão mais propensas a desenvolver o problema as gestantes já expostas aos fatores hormonais que facilitam a ocorrência das elevações da glicose, tais como aquelas com sobrepeso ou obesidade, tabagistas, ou com antecedentes pessoais de partos complicados, histórico de diabetes da família, portadoras da Síndrome dos Ovários Policísticos e aquelas com excessivo ganho de peso durante a gestação.
Cerca de 7% de todas as gestações nos Estados Unidos são afetadas pelo diabetes gestacional, resultando em mais de 200 mil casos anuais. No Brasil, segundo o Projeto Diretrizes da Associação Médica Brasileira, elaborado pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, a prevalência da doença está entre 2,4% e 7,2% das gestantes.
Bibliografia(s)
HAPO Study Cooperative Research Group, Metzger BE, Lowe LP, Dyer AR, Trimble ER, Chaovarindr U, et al. Hyperglycemia and adverse pregnancy outcomes. N Engl J Med. 2008 May 8;358(19):1991-2002. Disponível em http://content.nejm.org/cgi/content/abstract/358/19/1991. Acessado em 19/06/2009.
Associação Médica Brasileira – Projeto Diretrizes: Diabetes Gestacional. Disponível em http://www.projetodiretrizes.org.br/novas_diretrizes.php. Acessado em 19/06/2009.

sábado, 13 de junho de 2009

Quantos quilos devo engordar na gestação?

Essa é uma dúvida frequente entre as grávidas!
Antigamente recomendava-se para todas as gestantes um ganho de peso por volta de 12 quilos no total.
No entanto, atualmente, segue-se a recomendação da Organização Mundial de Saúde, na qual define que o ganho de peso gestacional vai depender do estado nutricional da mulher antes de engravidar, o que é mais sensato! Dessa forma, a mulher que inicia a gestação com baixo peso deverá engordar mais que a mulher que inicia com sobrepeso.
Colocando isso em números, para a mulher que inicia a gestação com baixo peso recomenda-se um ganho de peso gestacional entre 12,5 e 18kg; para a mulher que inicia a gestação dentro do peso adequado recomenda-se ganhar de 11,5 a 16kg; para a que inicia com sobrepeso recomenda-se de 7 a 11,5kg e a mulher que inicia com obesidade, também deverá ganhar peso, por volta de 7kg.
Seguindo essa recomendação de ganho de peso, a mulher prevenirá complicações durante a gravidez e o parto, garantirá um adequado desenvolvimento do feto e produzirá leite materno nutitivo e em quantidade suficiente para o bebê.

sexta-feira, 27 de março de 2009

De bem com o corpo após a gestação.



Desejo de grávida tem um quê de sagrado. Durante os nove meses de gestação, a maioria das futuras mamães não se importa com a balança quando sente as tais “vontades incontroláveis”. A preocupação com os quilos a mais só vem depois do parto, quando a mulher quer perder todo o peso que ganhou. Para alcançar o corpo que tinha antes da gravidez, no entanto, o trabalho de emagrecer vai ser maior para quem engordou mais. As gestantes com renda mais baixa também têm mais dificuldade para reduzir o peso depois que o bebê nasce.


Quem afirma é a pesquisadora Fabíola de Souza Amaral, em sua dissertação Determinantes de retenção de peso após o parto em mulheres atendidas nos serviços públicos de pré-natal do Distrito Federal, defendida em julho de 2006, no Departamento de Nutrição da Universidade de Brasília (UnB). Entre agosto de 2003 e dezembro de 2004, ela entrevistou 75 mulheres atendidas nos centros de saúde da rede pública de Brasília e pesquisou os fatores responsáveis pelo aumento da dificuldade em emagrecer.


“Vimos que quem engordou mais durante a gravidez reteve mais peso depois. Isso mostra que o importante é se cuidar durante a gestação”, explica a pesquisadora. Cerca de 2,5 anos após o parto, todas as entrevistadas estavam, em média, 1,7 kg acima do peso registrado no início da gravidez. “Depois desse período, espera-se que a mãe tenha perdido todos os quilos que ganhou na gestação. Alguns teóricos sustentam que a mulher deve perder, nas seis semanas após o parto, 75% do peso adquirido”, afirma a especialista.


De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o aumento ideal de peso durante a gestação depende da condição da mãe antes da gravidez. Se a mulher estiver abaixo dos índices normais, é aceitável que ela engorde de 12kg a 18kg. Para as mães com sobrepeso, são tolerados entre 7kg e 11,5kg a mais durante os nove meses. Na sua dissertação, Fabíola percebeu que as mulheres que estavam abaixo do peso no começo da gestação engordaram mais e retiveram mais quilos após o parto.


“Isso acontece porque as mais magras não se preocupam tanto em não engordar. E também por haver um controle maior, nos casos de grávidas com sobrepeso que passam por consultas individuais na rede pública de saúde”, detalha a pesquisadora. Em um dos casos analisados por ela, a mãe mais magra conseguiu emagrecer apenas 2kg dos 17kg que ganhou na gravidez. Outra entrevistada, que iniciou a gravidez com sobrepeso, não só conseguiu perder os 10kg que ganhou na gestação, como deu “adeus” a outros 9kg.


BAIXA RENDA – Outro fator diretamente relacionado à retenção de peso, segundo Fabíola, é a condição financeira da família. Em sua dissertação, ela descobriu que as mulheres com menor renda mensal tiveram mais dificuldade para voltar à silhueta inicial. “Por terem menos acesso à informação, a maioria delas não tem orientação ou conhecimento sobre métodos para emagrecer”, afirma.


Esses resultados se enquadram no novo padrão de distribuição da obesidade apontados pela Pesquisa de Orçamento Familiar realizada em 2002-2003 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em todo o Brasil. segundo esse estudo, na população brasileira residente em áreas urbanas, a obesidade vêm se concentrando nos estratos menos favorecidos da sociedade”, afirma. A renda média per capta entre as mulheres que participaram da entrevista é de um salário mínimo.


A pesquisadora avaliou ainda fatores que interferem na retenção de peso de uma forma mais branda. Pelo mesmo motivo das mães de baixa renda, as que tinham um nível de escolaridade menor, perderam menos quilos. Já as mulheres que amamentaram durante mais tempo, emagreceram com mais facilidade. “Gasta-se muita energia para produzir o leite materno, o que ajuda na perda de peso”, explica Fabíola.


A pesquisadora também investigou se o fato de as mães terem ou não um companheiro influenciava na silhueta final. “As solteiras apresentaram uma retenção menor, resultado provavelmente associado à vaidade”, ressalta a nutricionista.


Fabíola acrescenta que as mulheres que voltaram a trabalhar depois da gestação tiveram mais dificuldades para perder peso. “Uma das explicações encontradas é que a maioria das entrevistadas presta algum tipo de serviço doméstico. Nestes casos, a alimentação no trabalho é mais farta que a de casa”, explica a pesquisadora.


IMAGEM – Para uma análise complementar, Fabíola ainda usou uma escala de desenho de silhuetas. O objetivo era descobrir se as mulheres entrevistadas estavam satisfeitas com sua imagem corporal. Ao avaliar os nove tipos diferentes de silhueta, elas apontavam o modelo que mais representava o seu tipo físico antes e depois da gestação. As mães também identificaram qual a silhueta que pretendiam ter. “A maioria delas estava insatisfeita com o corpo, principalmente as que retiveram mais peso”, conta.


TRAJETÓRIA – O trabalho da pesquisadora começou ainda em 2000, quando estava na graduação e participou da pesquisa da nutricionista Kelva de Aquino. Para sua dissertação Determinantes do ganho de peso ponderal excessivo em gestantes atendidas nos serviços públicos de pré-natal do Distrito Federal, defendida na UnB em 2004, Kelva entrevistou, entre 2000 e 2003, 155 gestantes atendidas na rede pública do DF. Destas, 75 foram novamente avaliadas por Fabíola meses depois. “Foi importante ter os dados coletados pela Kelva durante a gravidez para uma análise mais completa”, avalia Fabíola.